Pelé, 1940-2022: ‘O papel do futebol, sem dúvida, é unir as pessoas’

Pelé, o astro brasileiro do futebol e um dos atletas mais icônicos do século 20, faleceu na última quinta-feira em São Paulo aos 82 anos.

Vencedor de três Copas do Mundo pelo Brasil, Pelé trouxe um estilo de jogo elegante e expressivo para o esporte - "Futebol não é lutar até a morte", disse ele uma vez. “Você tem que jogar lindamente” – e emergiu da aposentadoria na década de 1970 para exportar seu amor pelo jogo para os EUA, provocando um aumento na popularidade que continua até hoje.

O relacionamento de Pelé com a Mastercard durou mais de 25 anos e, mais recentemente, ele estrelou o curta-metragem “22 Languages,” (“22 idiomas”) de 2018, sobre o poder unificador do futebol. O filme, que foi ao ar durante a Liga dos Campeões da UEFA, reuniu 22 jogadores amadores de futebol de todo o mundo, cada um com noções preconcebidas sobre os outros, para uma partida de alto risco que terminou com uma surpresa Priceless no vestiário - a lenda em pessoa.

“O papel do futebol, sem dúvida, é unir as pessoas”, disse Pelé sobre a realização do filme. “Se ficarmos unidos, em paz, isso é importante”.

“Quando decidimos celebrar o poder do futebol para derrubar as barreiras que nos dividem — e o poder de nos inspirar a alcançar alturas maiores — só poderia haver uma pessoa para ir para aquele vestiário”, lembra Raja Rajamannar, Chief Marketing e Communication Officer da Mastercard. “Pelé será lembrado para sempre por seu jogo deslumbrante, mas também por seu espírito dinâmico que transcendeu o campo”.

Pelé nasceu na quase pobreza como Edson Arantes do Nascimento no estado de Minas Gerais, no sudeste brasileiro, e escreveu em sua autobiografia de 2008 que era difícil até para ele separar o mito do homem. Seu hábito de se referir a si mesmo na terceira pessoa, escreveu ele, não era uma afetação, mas uma forma de manter um equilíbrio saudável em sua vida.

“Sinto a dicotomia entre Edson e Pelé toda vez que pego meu Mastercard”, escreveu. “De um lado está a minha imagem dando um chute de bicicleta junto com a assinatura do Pelé, e do outro está a minha assinatura real, do Edson Arantes do Nascimento. É uma representação perfeita daquilo que sou – ambas as identidades são separadas e ambas fazem parte de mim”.

Pelé, que foi diagnosticado com câncer de cólon em 2021, morreu de falência múltipla de órgãos associada ao câncer.

“Inspiração e amor marcaram a jornada do Rei Pelé, que faleceu pacificamente hoje”, dizia um comunicado postado em sua conta no Instagram. “Em sua jornada, Edson encantou o mundo com sua genialidade no esporte, parou uma guerra, realizou trabalhos sociais pelo mundo e espalhou o que ele mais acreditava ser a cura para todos os nossos problemas: o amor. Sua mensagem hoje se torna um legado para as gerações futuras. Amor, amor e amor, para sempre".